segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE NA EXPERIÊNCIA NO CEPROG

A UNIVERSIDADE E A EXPERIÊNCIA

A história da Universidade começa lá no Feudalismo, quando a igreja comandava a sociedade, sendo ela a propulsora das primeiras Universidades. Em registro a primeira Universidade é a Bolonha, na Itália criada em 1150, e a igreja era o comando da Universidade, só quem estudava eram os mais ricos, com condições de pagar, os mais privilegiados da sociedade feudal. A segunda mais antiga universidade fundado foi a de Paris ( Sorbonne) em 1214. No Brasil, em 1808 foi fundada a Escola de Cirurgia da Bahia, a primeira Universidade. No decorrer dos anos vieram as demais faculdades de Direito em Olinda e outra em São Paulo (1927). Porém a primeira Universidade de fato no Brasil, foi a Universidade do Rio de Janeiro, fundada em 1920, a primeira propulsora nos diversos cursos de distintas áreas.
Nesta guinada do século, praticamente todas as instituições sociais estão enfrentando graves problemas de identidade, no sentido de saber qual é o seu papel diante das mudanças sociais, políticas, econômicas e globais das últimas décadas. A universidade a tempos, teve por sua responsabilidade cultivar e transmitir o saber humano, com suas transformações históricas e inovações criadas em seus processos e estruturas sociais, além de adaptar constantemente às diferentes realidades do mundo.  Logo sua responsabilidade social, deve ser constituída pela visão global, tendo influência dentro de um novo mundo que deve ser construído, torna-se indispensável uma visão global da responsabilidade social.
A UFSB foi expressamente feita para compreender a educação transformadora e formadora do ser humano. Além de atender essas exigências educacionais contemporânea, a UFSB tem como seu pilar os seguimentos culturais, sociais, artísticos e econômicos da Região do Sul da Bahia, sem descuidar também do desenvolvimento nacional e planetário. Se inspirou nas obras de Anísio Teixeira, um educador e filósofo crítico. O plano orientador da UFSB é um modelo interdisciplinar e sustentável. A Universidade se divide em três campis, sendo eles, Itabuna (Sede da Reitoria), Porto Seguro e Teixeira de Freitas, também os Colégios Universitários (CUNI), sendo apenas formalizados em colégios estaduais de ensino médio. A Universidade oferece duas modalidades: Bacharelados Interdisciplinares ( BI) e Licenciaturas Interdisciplinares (LI). Os cursos de graduação do BI, terão duração de três anos, oferecendo formação em quatro grandes áreas: Artes, Ciências, Humanidades e Saúde. Já o LI formará docentes para o ensino básico. E os CUNI atende as localidades com mais de 20 000 mil habitantes e com mais de 300 egressos do ensino médio, e bairros de baixa renda, assentamentos, aldeias indígenas e quilombos. A metodologia da Universidade é baseada no ensino de formação de prováveis três ciclos: primeiro ciclo (formação geral), segundo ciclo (área específica) e terceiro ciclo (Mestrado e especialização). Uma educação libertária e renovadora, socialmente, exploradora do campo do saber, e formadora de cidadãos humanizados.

A experiência do conhecimento sobre Universidade e da projeção da história das Universidades, e também sobre a contextualização do surgimento da UFSB, fez com que os próprios alunos conceituassem sobre a UFSB e as expectativas e estrutura da mesma para os estudantes do ensino médio do Colégio Estadual CEPROG de Teixeira de Freitas. Foi uma experiência muito legal e profundamente especial para nós estudantes da UFSB demonstrar e explicar de fato como é constituída a Universidade, para possíveis futuros estudantes, a sua ideologia e responsabilidade no âmbito social. Eu praticamente me senti muito feliz por estar ali, repassando o que a nossa Universidade tem como novidade e perspectiva para seus discentes atuais e futuros.

Ana Clara de Araújo Torres.

A nossa experiência no CEPROG foi planejada para que fosse didática e interativa, fazendo com que a prática dentro da sala fosse satisfatória e prazerosa. O nosso grupo se apresentou ao chegar na sala, falando que não estávamos ali na posição de professores para dar aula e sim para expor algumas coisas e conversar sobre o modelo da UFSB. Pedimos para que a turma se organizasse em círculo, ajudando os alunos na reorganização das cadeiras e começamos a interação perguntando o que eles entendiam como função da universidade. Como o esperado, os alunos que responderam se restringiram a falar da universidade como um local de preparação para o mercado de trabalho ou “uma segunda escola” e só depois explicamos as bases e funções da universidade, assim como suas diferenças entre a faculdade.

Logo após, perguntamos a turma se eles sabiam como tinha surgido a primeira universidade. Alguns lembraram de Atenas, com seus primeiros filósofos, outros citaram a Europa sem se aprofundar em datas e contextos. Então explicamos um pouco sobre o contexto de surgimento na época medieval: 


A estrutura mais próxima da que conhecemos hoje e sua história, no mundo ocidental, se inicial da época medieval, de acordo com vestígios, entre o final do século XI e o início do XII. Em uma época de transição, mais especificamente na Baixa Idade Média, quando tudo se voltava à religião, mas já em um momento de trocas comerciais em que o meio urbano passava a se fortalecer e o contato Ocidente/Oriente transformou a forma medieval de transformar a forma de conceber o conhecimento, essa estrutura nasce. Universitas significa “Corporação”, “agrupamento” e “universalidade” é necessário lembrar-se do papel das Corporações de Ofício que existiam naquele momento como forma de alinhar interesses políticos, econômicos e culturais a fim de que se garantissem melhores preços e se proteger da concorrência através de um estatuto próprio. Assim, a universidade passa a ser caracterizada como “corporação do saber”. As cidades que se formavam precisavam de novos habitantes: eclesiásticos, juristas, burocratas, funcionários e etc., sendo assim, os alunos vinham de todos os lugares e se comunicavam através da língua universal do momento, o latim, cujo o conhecimento, assim como o batismo e provas de boa conduta moral, era pré-requisito para que se ingressasse nela, o que, em um momento de profundas desigualdades e em que boa parte da população não tinha acesso ao estudo das letras – a não ser que, sendo de classes “inferiores” o indivíduo ingressasse na vida religiosa, segregava muitas pessoas apesar do saber ser considerado um “dom” divino.
Ainda sem caráter institucional, bastava que os alunos estivessem ligados a um mestre e os seguissem por todos os lugares em aulas que poderiam acontecer em qualquer espaço, e a essa agregação dava-se o nome de schola ou “família”. Podiam surgir espontaneamente, por parte de um poder local ou de escolas catedralícias ou por migração de uma universidade já existente.
Entre as primeiras universidades estão as de Paris e de Oxford, na qual os professores eram os “mestres” da corporação e os alunos os “aprendizes” e a de Bolonha, na qual os próprios responsáveis por gerir. O reitor era responsável por intermediar a relação entre essas duas partes e era escolhido por ambas ou somente uma delas.
A ingressão como aluno acontecia entre 12 e 15 anos no curso de artes liberais, com disciplinas divididas em trivium e quadrivium. O trivium, ou ciência da palavra, se dividia em gramática latina, retórica e dialética, já o quadrivium, ou ciência das coisas, em aritmética, geometria, astronomia e música.

Em seguida, mais brevemente, explicamos como se deu a ascensão da ciência e uma diminuição lenta da influência da religião, o iluminismo e seus métodos experimentais de comprovação que acentuaram ainda mais a importância dos estudos científicos e fizeram com que a importância e quantidade de universidades se expandissem ainda mais.

Preferimos abordar a história da universidade contemporânea juntamente com a explicação sobre o método de ensino da UFSB. Através de dúvidas e em formato de conversa, falamos sobre a metodologia interdisciplinar e suas diferenças e benefícios frente ao método cartesiano, o modelo de ciclos, forma de entrada na instituição, como surgiu e em que países se fazem presente essa metodologia, quais outras instituições brasileiras adoram o método, assim como a chegada dessa nova abordagem no país.

Podemos perceber uma quantidade razoável de alunos interessados em ouvir. Nem todos participaram com questionamento e observações, porém os que assim fizeram participaram de forma muito construtiva, com direito a conversas individuais ou em grupo interessadas após a apresentação e convites de visita feitas por nós para que eles visitassem a universidade e até mesmo presenciassem algumas aulas.

Carolina Ferreira Ferraz

 A visita ao Centro Educacional Professor Rômulo Galvão (CEPROG) que aconteceu no último dia 19, teve com um questionamento principal realizado aos alunos: o que é, afinal, universidade?
Após uma aproximação tímida alguns alunos disseram que é “um lugar que tinha curso superior” e outros apenas disseram “eu não sei”. Daí, exemplificamos o conceito de universidade dizendo: a universidade é uma instituição pública ou privada de ensino superior que tem como princípios proporcionar ensino, pesquisa e extensão como formas de conversação e interação para com a sociedade. Um terço de seus professores são doutores ou mestres e precisa que um terço de professores com pós graduação lato sento ocupem o cargo de forma integral.
Em seguida vieram perguntas como: Como é a parte de pesquisa? O que é extensão? E então explicamos. A pesquisa é incentivada na universidade como forma de acréscimo do conhecimento científico. Já a extensão é a comunicação da universidade com a sociedade. O fato de estarmos lá no CEPROG passando uma informação importante para os estudantes já se configurou como uma extensão.
Continuamos nossa comunicação social falando um pouco da história da universidade.
Apesar das formas de ensino, que remetiam ao ensino superior, ministrados por alquimistas e filósofos antigos a universidade teve início de forma institucionalizada apenas no século XII.
A Universidade de Bolonha é tida como a primeira universidade, propriamente dita, do mundo. Além dela universidades como a de Paris, Roma, Pavia, e Ravena deram início a cultura universitária de educação, no período medieval, em toda a Europa e, posteriormente se espalhou pelo pelos “novos continentes”. A educação, nesse período, se baseava nos resquícios Greco-cristãos preservada pelos tradutores e se pautava nos conceitos corporativistas e de autonomia das universidades. Ademais, era pautada nos pilares da formação judaico-teológica; a organização corporativista; e a preservação da autonomia institucional.
Em seguida houve a ascensão da ciência no campo da educação superior com as evoluções nos campos da matemática, astronomia, química, biologia e física marcaram a -fundamentação do renascentismo. Abre-se então uma dicotomia entre humanística e a ciência.
Com a chegada do iluminismo as ciência experimentais se expandiram com as contribuições de famosos cientistas como Isac Newton, que acabaram difundindo os novos conceitos de ciência pela Europa em grandes universidades. De Moscou à Coimbra. Nesse momento Paris fica atrás por manter o pensamento cartesiano como saber estático. França iniciou-se no ensino público gratuito no século XVIII.
Após isso discorremos a universidade moderna e a universidade “nova” que o movimento mais recente em andamento dentro das universidades. Temos na pessoa de Naomar Filho, nosso reitor, maior entusiasta desse movimento atualmente.
Além disso, discorremos sobre a UFSB e elucidamos algumas dúvidas dos alunos como: como funcionam os cunis, como é o sistema de ciclos e outros. Entretanto impressionou-nos o fato de que os estudantes não sabiam sequer como funciona o acesso às universidades federais. Um rapaz até chegou a perguntar-me se os cursos eram pagos. Com calma explicamos tudo para eles e tivemos um retorno excelente.

Em seguida fizemos um quis de perguntas e respostas e acabamos constatando que eles realmente aprenderam durante nossas explicações e comunicações e se motivaram a continuar se interpelando e nos questionando. Coisa que foi muito positiva para nós.
Aluizio Mendes  

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Resenha – Vídeo Anísio Teixeira

Anísio Spínola Teixeira nascido em Caetité, 12 de julho, além de educador, escritor, também era conhecido como um jurista intelectual. Personagem central na história da educação no Brasil. Anísio assume a educação num período em que o sistema educacional estava em tempos de constituição, era o final da década de 20. A educação não tinha um reconhecimento social, nesse período, e para fazer algo pela educação e inová-la, era necessário aprender mais sobre ela, foi ai então que Anísio viajou para Europa em 1925, visitando várias cidades como a Espanha, Itália, Bélgica e França e em 1927 viaja para os Estados Unidos, onde em 1928 faz um curso de pós-graduação na Universidade de Columbia. Anisio nas décadas de 1920 e 1930, foi o pioneiro do movimento da Escola Nova, que tinha como princípio a ênfase no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento, em preferência à memorização. Reformou o sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro, lutava em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório, divulgado em 1932. Fundou a Universidade do Distrito Federal, em 1935, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. O Educador lutava para que a educação alcansasse todos os indivíduos, desde os mais pobres, até aqueles que moravam em periferias e/ou cidades pequenas, distantes da capital. Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século 20, Anísio Teixeira foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. Como teórico da educação, Anísio não se preocupava em defender apenas suas ideias. Muitas delas eram inspiradas na filosofia de John Dewey (1852-1952), de quem foi aluno ao fazer um curso de pós-graduação nos Estados Unidos. O vídeo Educação não é privilégio - Série Educadores Brasileiros, relata sobre a vida do grande revolucionário da Educação no país, O educador Anísio, fez história, e modificou grande parte da educação e estruturação da mesma. Uma revolução que teve um marco, com suas respectivas lições, experiências, e aprendizados de vida.

Ana Clara Araújo

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Resenha de "Pedagogia da Autonomia", escrita por Paulo Freire, e do vídeo "Paulo Freire contemporâneo"

Paulo Freire, ou o educando/educador como se chamou, escreve em Pedagogia da Autonomiasaberes necessários à prática educativa, sobre seu ponto de vista, os caminhos cruciais à formação educacional voltada as classes menos favorecidas. De acordo com Freire a educação deixa de ser um processo meramente mecânico de ensino e se torna um acontecimento ético competente ao histórico social.

No texto, Freire expõe a “reflexão crítica sobre a prática” com o intuito de desmistificar o tradicionalismo teórico pondo em questão o conceito dicotômico prático/teórico. “Na prática se confirma, se modificam ou se ampliam esses saberes”, disse ele. Dessa forma, o conhecimento se dá através, não só do ensino, mas também da aprendizagem continua do indivíduo.

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. Nesse contexto, Paulo propõe que o educando, em seu processo formador, que é inacabado, construa o seu saber e ajude construir o do outro. O educador deixa de ser um mero transportador de conhecimento para se tornar, também, um educando/educador, que tem papel realizador do saber. 

(Aluízio Mendes)

O documentário inicia com a apresentação de Paulo Freire, nascido na data de 19 de setembro de 1921, em Recife Pernambuco. O educador relata as primeiras relações de alfabetização freiriana, a revolução em Angicos, onde seu objetivo era fazer um levantamento sobre vocabulário, alfabetização, palavras geradoras e fonemas da língua portuguesa, a primeira grande experiência que projetou Freire no Brasil e no mundo, as ideias de Paulo Freire sobre a pedagogia estão vivas e presentes nos dias atuais. 

Paulo Freire adotou as pessoas analfabetas, como circulo cultural, pessoas que ele iria alfabetizar com o método freiriano, que ressaltou a sua antropologia pessoal, que se resuma em estruturar o ensino em: Leitura do mundo ( onde o ato de ler começa com a leitura do mundo, antes mesmo de ler as palavras); Tematização e Problematização. Ambos métodos de transformação e evolução do ensino.

A obra de Paulo Freire, destaca o contexto da pedagogia da autonomia, interligada a estrutura e concepção de educação transformadora. Freire desperta em seu educando a formação de pensamentos críticos e processual. O educador refere-se no texto que o método educacional exige rigorosidade, porém não no contexto de ser uma educação autoritária, e sim no sentido metodológico didático, onde o educando consegue estimular a ideia critica entre o processo dialético do concreto e abstrato, assim que o aluno tenha o aprendizado baseado em sua vivência e processos culturais.

Segundo Freire, tanto o educador, quanto o educando, possuem praticas de valorização e respeito dos saberes. O autor também defende que o professor deve colocar em pratica a propagação do saber, portanto, a pratica educacional exige que o professor consiga explorar a criatividade e conhecimentos da identidade cultural do aluno. Freire refere-se a instrumentação do ensino tradicional, como uma concepção inacabada do conhecimento, ou seja, condicionado a condições materiais, e não da vivencia comportamental.

Paulo Freire tem como intuito promover um novo método pedagógico, com finalidade ideológica e critica, que possa desconstruir a antiga ideologia burguesa. Freire acredita na educação como forma de superação do capitalismo. Podemos perceber que essa prática também se sobressai na teoria marxista, por propor um método educacional altamente social, colaborando também com a sociologia da educação com sua proposta de educação popular e libertária e de superioridade ideológica. Finalizando, Freire diz que ensinar exige: Pesquisa, metodologia, novidade, criatividade, renovação social e cultural, respeito, estética e ética, testemunho.

(Ana Clara Araújo)

Paulo Freire, antes de mais nada, deixa clara a sua proposta em “Pedagogia da autonomia” de não o ter escrito como um guia do ofício de ensinar para um determinado público ideológico. Com suas palavras ele afirma se tratar de um livro que reúne saberes necessários a todos os docentes, de progressistas a conservadores.

Dentre os muitos ensinamentos do oficio da docência, Paulo Freire fala repetitivamente em sua obra sobre a importância da “eticidade” e do “pensar certo”. Isso envolve, resumidamente falando, o perceber que não há docência sem discência, não existe o ensinar sem o aprender e o professor não é o detentor de todo o conhecimento. A relação docente-discente  é uma troca, onde a função do professor é formar um aluno apto a questionar, muito mais que apto a receber conhecimentos, mas sim a produzir o conhecimento através da leitura de mundo, do questionamento e criticidade. É preciso que esse professor seja aberto aos questionamentos, ao novo e ao diferente. Ele precisa treinar os alunos para a elaboração de críticas, estar aberto a elas e ao diálogo. Não existe verdadeiro aprendizado sem troca de informações ou dialogismo. É preciso que o educador entenda o educando não como uma gaveta onde se deposita o conhecimento, mas como sujeito que já leva consigo um saber proveniente de sua vivência e agente capaz de mudar a sua história. Freire sugere também o uso da própria vivencia do educando para a abordagem de conteúdos.

O autor fala ainda sobre a forma de alcançar a eticidade e o “pensar certo”: eles exigem persistência e prática, é escutando que se aprende a escutar. Também de absolutamente nada adianta deter o conhecimento sobre o que é eticidade, o resto à autonomia e a dignidade do ser humano, e o “pensar certo”, o estar aberto a rever as suas teorias e a entender que elas não são superiores, exige  prática e aperfeiçoamento constante.

Paulo Freire também escreve primeiro de forma abrangente sobre como tudo o que tem vida está em estado inacabado, ou seja, propenso à constante mudança. O que nos difere, enquanto animais humanos, dos outros animais, é a consciência sobre esse estado inacabado. É a consciência de que não só estamos em mudança, mas que podemos guiar essa mudança e assim ser agente da própria história. É exatamente por isso que necessitamos da ética universal enquanto seres humanos, porque consciente das mudanças, estamos propensos a escolhas e assim podemos fugir à ética natural que os animais seguem, por instinto. Podemos escolher entre o bem e o mal, a ética ou a transgressão desta.

É discutida a essencialidade do bom senso ao docente, para analisar o contexto e não ser um escravo das regras pré-impostas, exercitando-o sempre para alcançar a justiça na prática de sua profissão. É preciso enxergar a classe docente como classe e saber, que seja atuando de forma conservadora ou revolucionária, o ato de ensinar sempre será um ato político, com capacidade de mudar o curso da história ou assim o manter. Antes de mais nada, é preciso entender que o ser humano é condicionado pelo seu meio, mas não determinado. É preciso saber da capacidade de mudança.

(Carolina Ferraz)

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Eu sou protagonista da minha própria vida?

Como podemos perceber pelas histórias de vida contadas, cada momento ou experiência vivido forma os indivíduos como eles são hoje. Diante disso, faço a pergunta a mim mesma: até que ponto nós somos protagonista e até que ponto essas influências externas nos formam?

Seria possível falar em protagonismo, em mim mesma como ser que coloca o que dizem ser a “essência” em jogo para decidir quem ou quem eu sou ou vou ser? Eu decido o que eu sou, ou o meio no qual eu vivo e vivi forma a minha consciência crítica para que, ai então, eu faça minhas escolhas? Eu acredito na última opção.

(Carolina Ferreira Ferraz)


No contexto dos materiais passados em aula, eu entendo que desde quando nasci comecei a ser protagonista da minha própria vida. Pois quem a viveu, quem passou momentos, situações, experiências, assim como minha infância cheia de amigos, familiares, parentes e os exemplos do certo do certo e errado, se tornaram o pilar da minha vida, pois me tornou quem sou hoje e de grande valia em vida. Agora entendo que ser a própria protagonista da vida é ser responsável pelos atos, com a maior idade, rotinas diárias, entendo que continuar é preciso, sem limites e conquistar o sucesso.

(Ana Clara Araújo)

Os sistemas sociais possuem mazelas indiscutíveis, e sempre possuíram, na vida do indivíduo. É fato que o modo de vida social afeta substancialmente cada componente de dada população de acordo com características especiais. No caso das sociedades capitalistas isso se dá através das classes sociais e do poder de renda, assim como o poder de mercado e etc.
Como indivíduo próprio e sabedor do modo de vida em que estou, tenho plena consciência dos problemas que assolam meus semelhantes, tais problemas, que tento evitar usando o método de observação e compreensão. Paulo Freire já dizia, a liberdade está entre a disciplina e a não liberdade, assim como Sócrates exemplificou o conceito de caminho do meio, ou o caminho correto para uma vida plena.
O homem sempre procurou explicar o motivo de sua existência através de teorias metafísicas, ou físicas dependendo da teoria. Isso ocorre com a criação das religiões, do direito comum, das normas sociais vigentes em cada época, etc. Acontece que para um membro dessa sociedade formada por tantos, e diversos, grupos ideológicos e normativos, torna-se difícil diagnosticar o protagonismo da minha existência sem auferir a lógica disso a algum desses pensamentos. Nenhum homem se sente realizado apenas por ser homem.
Citando o caso dos vídeos, na primeira aula, eles nos transpareceram vários modos de vidas, e também, ideológicos de como o ser humano pode expor seu semelhante a um modo de vida contrário a uma postura que pode, ou não, ser predominante. Isso nos remete ao uso substantivado dos porquês. Porque são casos sociais formado pela própria sociedade, que por sua vez, os trata à margem. São acontecimentos marginalizados por sua criadora.
Sendo assim, eu não me identifico como protagonista de minha vida e, sim, um participante de outra história, que é do meio onde minha subsistência se mantem. Não tenho uma ideologia definitiva para conceituar o porquê e nem tenho nada formado para rebater o que acho que não deveria, como no caso dos vídeos a nós apresentados.

(Aluízio Mendes da Silva)

segunda-feira, 22 de junho de 2015


Esse blog nasce da necessidade de produzir um portfólio para o componente currícular "Universidade e Sociedade", ministrado pela professora Andrea Gomes, como parte da grade de formação geral da Universidade Federal do Sul da Bahia. Nele postaremos as informações e produções advindas da aula a fim de explanar a relação e o papel intenso da Universidade na Sociedade.

Segue o nome dos responsáveis pela postagem nesse blog:

Aluízio Mendes da Silva, estudante do bacharelado interdisciplinar em humanidades
Ana Clara de Araújo Torres, estudante do bacharelado interdisciplinar em artes
Carolina Ferreira Ferraz, estudante do bacharelado interdisciplinar em humanidades